segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Marco de Correio no Alto da Serra

Marco de Correio no Alto da Serra, junto ao Restaurante Fortaleza

Este marco de correio é testemunha de um passado em que a carta tinha um significado que se perdeu.
As cartas eram emissárias de sonhos, esperanças, desilusões, mas também de amores. O Marco de Correio era o fiel depositário destes sentimentos que por carta encurtava distâncias e vencia timidezes.
Fica também um postal com destino a Rio Maior do ano de 1970 que encontrei algures enquanto navegava pela internet.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Igor Martinho, o Chef de 2009


Igor Martinho é um dos filhos notáveis de Rio Maior, apesar de ainda só ter 26 anos.
Nasceu no hospital de Santarém a 22 de Junho de 1984, tendo sempre vivido em Arrouquelas. Arrouquelas é uma pequena terra, mas possui 3 chefes de cozinha: Igor Martinho, João Revés e Vitor Lima.
O concurso Chefe Cozinheiro do Ano é organizado pelas Edições do Gosto e pela INTER Magazine, sendo o concurso mais prestigiante para os chefes cozinheiros a residir em Portugal.
A final nacional de 2009 (a vigésima edição deste concurso) decorreu nas instalações da ACPP (Associação de Cozinheiros Profissionais de Portugal), em Lisboa, na qual os concorrentes após conhecerem os ingredientes disponíveis, dispunham de uma hora e meia para pensarem no menu e depois de mais cinco horas para prepararem os quatro pratos (entrada vegetariana, prato de peixe, prato de carne e sobremesa).
A entrada vegetariana que Igor Martinho preparou foi requeijão com mel, manjericão e pinhões, doce de dióspiro perfumado com iogurte e cebolinho; o prato de peixe, robalo crocante com compota de pêra e tomate, sobre miga de batata e creme de alho francês; o prato de carne, perdiz em duas maneiras com puré de castanhas, estufado de cogumelos e molho de vinho tinto e, para finalizar, pudim abade de priscos com crocante de amêndoa, creme de citrinos e redução de Porto doce.
O colectivo de júris ficou rendido à qualidade dos profissionais que se encontravam em concurso, nomeadamente o Sr, Gissur Gudmundsson, presidente da WACS (World Association of Cooks Societies) que não poupou elogios aos participantes. O melhor destes excelentes profissionais foi o Igor Martinho e a sua vitória tem ainda mais impacto ao se saber que no ano de 2010 o colectivo de júris do concurso do CCA (Chefe Cozinheiro do Ano) decidiu não atribuir o prémio a nenhum dos concorrentes.
A história de sucesso de Igor Martinho como chefe cozinheiro, começou a ser escrita 7 anos antes da conquista deste galardão de cozinheiro do ano em 2009, quando em 2002 optou por entrar para o Curso de Cozinha e Pastelaria na Escola de Hotelaria e Turismo do Estoril.
Claro que já antes Igor Martinho mostrava ter jeito para a cozinha ao fazer alguns petiscos em casa e ao admirar a sua mãe que trabalhava na cozinha do Restaurante Golden Eagle, mas, até essa altura a sua paixão era o futebol, chegando mesmo a integrar a equipa de juniores do União Desportiva de Rio Maior. De referir que um dos tios de Igor, o Chef Hélder Diogo, já foi também galardoado como Chefe de Ano em 2000.
Desde 2002, a cozinha passou a ser a sua paixão, frequentando o Curso de Cozinha e Pastelaria entre 2002 e 2005, tendo nesse período de tempo estagiado e trabalhado em vários restaurantes, como o Hotel Le Meridien no Algarve, o Hotel Ritz Carlton em Penha Longa e o Restaurante Golden Eagle em Rio Maior.
Com o curso acabado, começou a trabalhar no Hotel Marriot na Praia del Rey, para a Indústria de Carnes Nobre, bem como noutros projectos particulares.
Em 2006 dá-se o encontro com o Chef Chakall que logo se apercebe do talento de Igor Martinho e o chama para trabalhar com ele no Restaurante Cozinha Divina e posteriormente no Restaurante Quinta dos Frades em Lisboa.
Mas o talento de Igor Martinho já não conseguia passar despercebido e em 2009 foi estagiar para o muito conceituado Restaurante gourmet Ikarus em Salzburg, Áustria. No mesmo ano ganha o concurso Chefe do Ano em Portugal.
Já em 2010 faz mais um estágio num dos melhores restaurantes do mundo, o Restaurante Noma em Copenhaga, Dinamarca.
Também em 2010 passa a ser o Chefe Executivo do Restaurante Hemingway na Marina de Cascais e abre o Restaurante ‘Igor Martinho.COM’ na sua terra natal, Arrouquelas.
Em 2010 a Assembleia Municipal de Rio Maior, aprovou por unanimidade um voto de louvor a Igor Martinho, pelo seu mérito profissional.
Esta ascensão ‘meteórica’ na carreira de Igor Martinho podia tê-lo tornado uma pessoa arrogante, mas pelo contrário, é uma pessoa profissional, conversadora e bem disposta que não esconde o que aprendeu com o Chef Argentino, Chakal, nem a admiração que possui pelo Chef Henrique Sá Pessoa (de referir que Sá Pessoa ganhou o galardão de Chefe do Ano em 2005).


O seu restaurante em Arrouquelas, o Igor Martinho.COM, está de portas abertas a quem queira saborear uns bons petiscos tradicionais, como a salada de polvo, a queixada de porco, o coelho assado no forno, o arroz de tomate e o berbigão. O seu restaurante é um espaço simpático e acolhedor para poder degustar as especialidades da terra e tem ainda espaço para continuar a desenvolver-se.



O restaurante Hemingway está situado num local de eleição, como é a Marina de Cascais e na sua esplanada ficamos com o mar a estibordo e a baía a bombordo. No seu interior moderno mas com o requinte do antigo, podemos saborear com deleite as propostas do chef incluídas no seu menu.



Projectos para o futuro não faltam e já se encontra a trabalhar neles, como o lançamento de um livro, fazer um programa televisivo, criar uma academia culinária, …
O que falta a Igor Martinho é tempo, pois as muitas solicitações que tem não o deixam muito livre para a sua vida familiar e para os seus hobbies. Continua a alimentar a sua primeira paixão, o futebol, jogando regularmente com os amigos.
Para saber mais sobre Igor Martinho, consulte o seu site em:

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Calcite Prismática na Serra dos Candeeiros



O Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros ocupa mais de dois terços do Maciço Calcário Estremenho, que é em Portugal a zona calcária mais importante.
Por esta razão não é de estranhar as muitas formações de calcite que se podem encontrar na Serra dos Candeeiros. Perto de um dos moinhos do Parque existem umas cavidades na rocha que estão forradas por formações prismáticas. Esta drusa de cristais de calcite em rocha carbonatada, forma um conjunto muito bonito, digno de se admirar.
Mais uma vez esta zona não possui qualquer tipo de protecção e estas formações de calcite são muito frágeis, verificando-se que a base das cavidades estão cobertas com pedaços que se soltaram das paredes e tectos.


Mas então como é formada a calcite?
A calcite é em termos químicos, carbonato de cálcio (CaCO3) e pode-se formar a partir de sedimentos quimícos, como iões de cálcio (Ca2+) e bicarbonato (HCO3-), segundo a seguinte reacção química:

Como se pode verificar pela forma, da reacção química resulta calcite mas também água e dióxido de carbono.
Devido ao aumento de temperatura da água, da diminuição da pressão atmosférica ou da agitação das águas, causa-se uma diminuição de dióxido de carbono na água obrigando a que o equilíbrio químico se desloque no sentido da formação da calcite.
Assim sendo, a forma prismática desta calcite pode ter resultado de correntes de água com ligeiras diferenças de temperatura.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Antiga porta manuelina em Rio Maior

No número 49 da rua Serpa Pinto de Rio Maior, já existiu uma porta manuelina.
Esta porta foi destruída nos finais da década de 40 e as pedras foram depositadas na antiga Biblioteca Municipal de Rio Maior que ocupava o espaço da também antiga Escola Comercial.
Estas pedras ainda existem e estão em razoável estado de conservação.



domingo, 20 de fevereiro de 2011

Chave da Cidade de Rio Maior


Para quem não saiba, Rio Maior tem chave.
Esta cópia da chave, foi entregue a Mário Soares e tem por dimensões 19x5,5x1cm.
Claro que estou a falar da chave de honra da cidade.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Antiga Azenha nas Bocas

Na zona das Bocas, no local em que se festeja o Dia de Bom Verão, já existiu uma azenha.
A azenha foi construída no início do século XX, mas na década de 40 já se encontrava em ruínas.
No local em que actualmente existe uma ponte de ferro e cimento (inaugurada o ano passado), também já existiu uma outra em madeira.
O largo que nos nossos dias se encontra sem vegetação, já possuiu um frondoso arvoredo.

Na imagem seguinte consegue-se ver o rio Maior, com a sua ponte de madeira e ligeiramente mais afastado é visível o edifício da antiga azenha.

Fica aqui, mais um exemplo de património perdido.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Capela de Santo António em Anteporta

Em Anteporta, existe uma capela dedicada a Santo António.
A capela foi inaugurada a 10 de Junho de 1985 pelo Bispo da Diocese de Santarém.
Com o passar do tempo a capela foi-se degradando, mas sofreu recentemente obras de restauro que foram inauguradas a 27 de Abril de 2008 com a presença de Silvino Sequeira, Presidente da Câmara Municipal de Rio Maior.
Nas paredes exteriores da igreja existe ainda uma placa de homenagem a Joaquim Correia Inglês, um amigo da terra.