domingo, 27 de outubro de 2013

Fonte da Rosa em Ribeira de S. João.



A Fonte da Rosa em Ribeira de S. João, sofreu recentes obras de beneficiação durante este ano de 2013.



Foi revestida a pedra e junto à bica de água foi aplicado um painel de azulejos com uma imagem de mulheres a lavar roupa num rio.
Esta obra veio enobrecer esta fonte que já foi muito procurada por residentes e pessoas de terras vizinhas.

Pode saber mais sobre esta fonte no artigo:

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Epidemias em Rio Maior desde o século XVIII



Entre Setembro de 1797 e Julho de 1798 propagou-se por toda a região de Santarém a epidemia da “febre de mau caráter”.
Esta epidemia ficou atribuída aos ventos predominantes de Norte e Noroeste que traziam os ares da Vala de Asseca (nome que toma o rio Maior ao passar na zona de Santarém) e do paúl de S. António. Nessa zona havia uma prisão com condições de higiene muito más e que servia como ponto de partida para as epidemias. Existem relatos de despejos diretos para o rio Maior dos detritos de uma fábrica de peixe e carne, duma fábrica de curtumes e de outra de aguardente que em muito contribuíam para a má qualidade da água na altura.
Destas epidemias, foram propostas 6 medidas:
- Limpeza das valas, com especial referência à Vala da Asseca (rio Maior)
- Limpeza das ruas das vilas e colocar as imundices a grande distância das povoações.
- Mover o Hospital de Santarém para outro edifício, ou melhorar as condições de asseio do mesmo.
- Maior vigilância à limpeza da cadeia pública de Santarém e melhorar o ar da mesma.
- Maior controlo nos alimentos que são vendidos e punição dos mercadores que vendem alimentos impróprios aos mais pobres.
- Em Rio Maior sugere-se a construção de uma nova fonte para evitar que o povo beba água de poços.

Entre Junho e Novembro de 1811, surgiu em toda a região de Santarém e arredores uma epidemia de febre tifoide, o que levou muitas pessoas à miséria pela perda de bens e parentes.
A febre tifoide é uma doença infetocontagiosa causada pela ingestão da bactéria Salmonella em alimentos ou água contaminada.
O contágio e propagação da febre tifoide são facilitados por existência de esgotos sem tratamento, água de má qualidade e acumulação de lixos.

Desde 1853 que a cólera grassava em Portugal, principalmente no Norte de Portugal. Em Outubro de 1855 aparecem os primeiros casos em Lisboa o que levou a que as famílias abastadas fugissem para o campo.
Em Rio Maior, entre 1 e 23 de Julho de 1856, morreram 100 pessoas devido a esta peste. Existem referências a grandes focos de cólera em Rio Maior, Assentiz e Azambujeira.
A cólera é uma infeção intestinal aguda causada pela bactéria Vibrio Cholerae que produz uma enterotoxina que causa diarreia. O Vibrio Cholerae é transmitido principalmente através da ingestão de água ou de alimentos contaminados.
A contaminação de rios ocorre pelo tratamento inadequado da água e dos esgotos.

A partir de Setembro de 1857 surge uma grande epidemia de febre-amarela (só em Lisboa morreram 1932 pessoas).
A febre-amarela é uma doença infecciosa transmitida por mosquitos contaminados por um flavivírus. As águas estagnadas favorecem a propagação dos mosquitos e consequentemente a propagação da febre.

No início do século XX, para além da febre tifoide, no distrito de Santarém havia casos de sarampo, tuberculose, gripe, difteria, melitococia, varíola, carbúnculo, tosse convulsa e lepra.
A tuberculose sempre foi uma doença que muita preocupação causa nas pessoas, mesmo nos dias de hoje. Só em 1839 a doença foi batizada como tuberculose, embora já fosse conhecida desde a Grécia antiga. A tuberculose, chamada antigamente por “peste cinzenta” é uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium Tubercilosis. No final do século XIX a morte de um dos elementos da família por tuberculose era estigmatizante, pois estava associada a um defeito hereditário, ou mesmo à pobreza, vendo-se os doentes excluídos de várias das atividades sociais.


Em Rio Maior e em pleno século XXI continuamos com vários problemas que advêm da má qualidade do nosso rio e ribeiras. Pode-se dizer que atualmente quase todas as casas têm água canalizada, mas essa água canalizada bem de furos e/ou pontos de captação em rios. Se a qualidade da água captada se continuar a deteriorar, mais elementos desinfetantes químicos têm de ser adicionados o que não traz nada de bom para a nossa saúde.
Cabe-nos a nós estarmos vigilantes e não aceitarmos como inevitável que para se gerar alguma riqueza se tenha de poluir. Na região de Rio Maior temos alguma indústria que ainda polui, nem que seja de forma sazonal o rio Maior, temos esgotos ainda não tratados a irem diretamente para o rio Maior, temos o uso por vezes exagerado de produtos químicos na agricultura que com as águas da chuva se infiltram nos terrenos e ribeiras e temos várias instalações pecuárias que continuam com impunidade a fazer descargas diretas para o rio Maior e sem qualquer tratamento. O problema não está só nas populações que vivem perto destes focos de poluição pois os poluentes ao escorrerem pelas ribeiras e rios vão para todo o lado e porque no fundo todos bebemos da mesma água. Devíamos aprender com a história e ser mais exigentes com a nossa saúde e bem-estar.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Fotos Aéreas da Cidade de Rio Maior



Imagens aéreas recentes sobre Rio Maior

As imagens seguintes são de Janeiro de 2013 e foram retiradas do Blog “A Terceira Dimensão”, em:




A imagem que se segue de Fevereiro do ano 2008, foi retirada do site Skyscrapercity e foi colocada pelo “Lampião 2000”.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Fontanários em Vale da Rosa




Em Vale da Rosa, Ribeira de S. João, foram este ano inaugurados dois fontanários que ladeiam uma zona de passeio.
As bicas de água possuem um bonito painel de azulejo alusivo a cenas campestres (A apanha da azeitona e a ceifa).
Esta obra veio abrilhantar a localidade.



domingo, 20 de outubro de 2013

Abrigos na garganta das Bocas



Os abrigos na parede Sul da garganta das Bocas.

A poucos metros do topo Sul desta garganta existem muitos abrigos. Há indícios de vários deles já terem sido habitados.
Neste artigo considero que estas formações são abrigos, pois vários especialistas só consideram grutas, cavidades com desenvolvimento horizontal superior a 20 metros.
Apesar destas cavidades não entrarem muito dentro do maciço calcário, têm aberturas que facilmente atingem os 6 metros de altura e quase todas elas permitem que um homem ande perfeitamente ereto no seu interior.
Tive dificuldade em as fotografar, pois a vegetação cobre-as quase por completo.
Os acessos também são muito maus, pois não há caminhos e tem-se que andar muitos metros com declives acentuados no meio de mato muito denso.
Mas o esforço é muito recompensador, pois estes abrigos são lindíssimos, a vista espetacular e faz-nos regressar ao tempo dos homens das cavernas.
Rio Maior tem condições excecionais para criar um roteiro de grutas e abrigos que poderia atrair muitos turistas aventureiros à nossa região.









Para uma próxima vez, tenho de explorar a vertente Norte desta garganta.


Ficam aqui exemplos de outros locais geológicos muito interessantes em Rio Maior que poderiam estar incluídos num roteiro.
Salinas
Gruta de Alcobertas
Nascente do Rio Maior
Gruta de Senhora da Luz I
Gruta de Senhora da Luz II
Buraco da Moura
Formações Prismáticas de Basalto
Formações Calcite Prismática
Algares