sábado, 6 de setembro de 2014

Prostituição em Rio Maior




Numa das entradas mais movimentadas de Rio Maior, a de Asseiceira, pode-se encontrar o desagradável e triste espetáculo da prostituição à beira da estrada.
Numa sociedade em que exigimos dignidade e direitos iguais para todos, estes locais são uma montra da degradação a que permitimos chegar os nossos valores morais.
Aqui vê-se um pouco de tudo: Os que passam com indiferença, os que tentam que os filhos não vejam o espetáculo, os que passam e buzinam numa tentativa de mostrarem alguma masculinidade mas com medo de concretizarem o serviço, os que pagam pelo serviço e os proxenetas que vão deixar e buscar as meninas.
Tudo isto se passa com a conivência das autoridades locais que nada fazem para acabar com os crimes aqui realizados (pelo menos o crime de lenocínio é diariamente realizado).

A prostituição, considerada a profissão mais antiga do mundo, está bem estudada e existem tantos argumentos para a sua legalização como argumentos para não ser legalizada.
A vida da prostituta à beira da estrada não é fácil, pois trabalha todos os dias sem poder se proteger das condições climatéricas existentes (quer seja calor, frio ou chuva), é frequentemente vítima da maus tratos, não tem direito ao sistema de Segurança Social, está sujeita a um grande estigma social, está praticamente privada de ter uma relação sólida e estável com um praceiro e por muito que se proteja existem muitas doenças sexualmente transmissíveis às quais está sujeita: Sida, Hepatite B, Herpes, Gonorreia e Sífilis (cada uma destas doenças mais assustadora que a outra).
Quem recorre ao serviço de prostitutas também está sujeito a apanhar uma doença sexualmente transmissível e a propagar esta à sua namorada ou mulher. Pode haver vários motivos para um homem pagar a prostitutas como a necessidade de ter várias parceiras, a necessidade de ter uma maior frequência de sexo e até a necessidade dos deficientes também terem acesso ao sexo.

Penso que urge fazer algo para dignificar as profissionais do sexo e ao mesmo tempo não sujeitar os transeuntes a este triste espetáculo.

Música do grupo "A NAIFA".

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