terça-feira, 14 de julho de 2015

Jornal "A Civilisação Popular"



Em 1892 foi fundada em Rio Maior a primeira tipografia, propriedade de Francisco Pereira de Sousa. Apesar de ter sido um importante dinamizador da cultura de Rio Maior, devido ao limitado equipamento, não pode imprimir o primeiro jornal da terra, “O Riomaiorense” de Manuel José Ferreira que surgiu a 30 de Junho de 1893 (impresso no Cartaxo).
Sendo Manuel José Ferreira um professor primário, “O Riomaiorense” para além da função de jornal semanário local (saía aos Domingos) também tinha a função de ser um órgão do professorado primário.
Foi Manuel José Ferreira um precursor em Portugal da imprensa especializada e de divulgar métodos pedagógicos modernos.
Em 1894 Manuel José Ferreira montou uma nova tipografia em Rio Maior para fazer o seu jornal e como por ironia a tipografia de Francisco Pereira de Sousa mudou-se para o Cartaxo.
O “Riomaiorense” (1ªsérie) terminou a sua publicação em 1896 com o número 104.
Mas nesse mesmo ano (1896), Manuel José Ferreira cria um outro semanário, “A Civilisação Popular” cuja primeira edição surge com o número 105.
O jornal “A Civilisação Popular” foi o jornal de maior tiragem da região e chegava a todo o país. Este semanário que versava principalmente assuntos pedagógicos, foi o mais antigo órgão dos professores primários em Portugal.
O Jornal “A Civilisação Popular” suspendeu as suas publicações a 16 de Abril de 1912.

Manuel José Ferreira faleceu a 1 de Julho de 1913 com 61 anos, em Rio Maior, de doença prolongada.

domingo, 5 de julho de 2015

Aterro da zona dos areeiros de Rio Maior


Em 1946 iniciou-se a exploração dos areeiros em Rio Maior.
Passados 70 anos põem-se a questão do que fazer com estes espaços, ou seja como os requalificar.

O Plano Director Municipal (PDM) de Rio Maior estabelece, no artigo 55º do seu regulamento, uma “área especial de recuperação ambiental”, na qual está incluída a “área profundamente degradada pela anterior exploração de areeiros, de características inadequadas” à adjacência com a cidade de Rio Maior. O PDM estipula um plano de pormenor que “deverá ter por objectivo, para além da definição de processos que tendam a repor os equilíbrios ecológicos, a (sua) valorização paisagística e funcional”. O PDM define que “não é permitida qualquer acção de edificação” no espaço em questão.
Também consta do Plano Estratégico de Rio Maior que “A requalificação e recuperação dos areeiros permite a minimização do impacto da indústria de exploração de inertes devolvendo às áreas exploradas a sua aptidão original e potenciando a sua reutilização para as zonas de lazer e de recreio dentro do espaço urbano de Rio Maior”.

Mas em Maio do ano passado (2014) o Movimento Ecologista “Ar Puro” denuncia que uma das lagoas dos areeiros está a ser aterrada pelo proprietário com o intuito de edificar na zona.
O assunto foi amplamente comentado na comunicação social da altura.

Movimento Ecologista “Ar Puro” de 13 de Maio de 2014
“Maior TV” de 21 de Maio de 2014 
Jornal “O Ribatejo” de 15 de Julho de 2014 
Jornal “Região de Rio Maior” de 16 de Julho de 2014 

A 17 de Julho de 2014  a Câmara Municipal de Rio Maior vem esclarecer a situação, revelando que o aterro realizado pelo actual proprietário, Sr. Fernando Filipe Lindo, não possuía as licenças necessárias para o efeito e que apesar deste terreno ser particular, não estava a respeitar o PDM de Rio Maior.

Esclarecimento da Câmara Municipal de Rio Maior de 17 de Julho de 2014:

O aterro parou e assim se manteve durante vários meses.

No entanto e com o realizar da 4ª prova do troféu Yamaha em Rio Maior, na zona dos areeiros, voltou o continuar do assoreamento das lagoas. O Movimento “Ar Puro” voltou a denunciar a situação.


Movimento Ecologista “Ar Puro” de 23 de Junho de 2014

A destruição das lagoas, o aterro e a terraplanagem das novas deposições até ao nível da estrada, não parou com o final da prova. Pelo contrário foram intensificadas ao longo da última semana.


Ontem era bem visível o aumento da zona assoreada, bem como a presença de um carro de limpeza a remover as areias e terras existentes na via pública que o constante movimento de camiões provocou.

Penso que o que é necessário é definir a situação. Se é ilegal o que se está a fazer, então o aterro deve se ser parado, a destruição das condições originais deve de ser minimizada e os responsáveis devem de ser julgados. Se é legal o que se está a fazer, os responsáveis camarários devem de esclarecer o que mudou do ano passado para este, para que não existam suspeitas sobre o que se está a passar nesta zona da cidade.